Já começo dizendo que minha intenção com esse texto não é de desencorajá-lo a ter redes sociais ou diminuir a importância delas em sua vida. Mas quero propor uma reflexão sincera sobre os usos dessas redes como recurso para cuidar da saúde mental.
Tenho observado muitas pessoas relatando que seguem perfis de psicólogas, psicanalistas e religiosas, pois sentem que suas postagens são uma espécie de terapia e, por vezes, os textos fazem tanto sentido que servem como conselhos para repensar suas decisões amorosas, trabalhistas ou familiares. Isso pode ser bom em alguns casos, mas em geral é muito perigoso!
O Instagram nasceu em 2010 com a ideia de ser um aplicativo de interação social a partir do compartilhamento de fotos com ou sem filtros. Mas de repente essa rede social foi ganhando novos objetivos e hoje é usada como espaço para divulgação de trabalhos, reflexões e entretenimento. E está tudo bem ser esse o objetivo agora, mas precisamos ter nitidez de que o objetivo principal das pessoas que usam essa rede social não é —ou não deveria ser— cuidar da saúde mental dos outros.