Em sua participação no Webinar Mercer “Impactos do COVID-19 e Alternativas para a Previdência Complementar”, realizado nesta quinta-feira, 2 de abril, o Diretor Presidente da Funcesp, Walter Mendes enfatizou a importância da priorização do risco para a gestão da carteira de investimentos da entidade no período pré-pandemia. Com a redução das taxas de juros, existia uma pressão para aumentar a exposição aos investimentos de risco caso a fundação quisesse bater a meta atuarial. Porém, como o nível de risco seria muito alto e os prêmios da Bolsa já não eram tão atraentes, a Direção da entidade optou por priorizar o controle de risco.
“Resolvemos não correr atrás da meta atuarial a qualquer risco. Seria um custo muito alto, ficaríamos muito acima de nossa exposição histórica e a possibilidade de perda era grande”, disse Walter. Como a entidade tinha como indexador da meta atuarial, o IGPDI, cuja volatilidade é superior ao IPCA. os desafios eram maiores. Exatamente no momento do início da queda da Bolsa doméstica a Funcesp tinha entre 17% e 18% do patrimônio alocado em renda variável. Quando houve a primeira grande oscilação da Bolsa, no início de março, a entidade vendeu cerca de 30% da carteira de ações, quando o Ibovespa ainda estava em 105 mil pontos.