Falta de contato com amigos, festas, bailes de formatura e a mudança na rotina afetam as emoções e podem ser gatilhos para outros problemas
A pandemia traz à tona vulnerabilidades. Questões emocionais são acentuadas. Acostumados ao contato social e vivenciando trocas interpessoais com intensidade, jovens experimentam os efeitos do isolamento, muitas vezes com consequências indesejadas, sob a ótica da saúde mental e também dos sentimentos. Alguns passam grande parte do tempo em casa atingidos pelo ócio, estão distantes do convívio com os amigos, dos dias na escola ao lado de colegas e professores, longe de atividades esportivas ou intelectuais complementares. Em tempo de mudanças drásticas, tantas privações podem ser gatilho para problemas mais sérios.
Entre os desequilíbrios, tem sido observada a adoção de hábitos tóxicos entre os adolescentes, que recorrem a bebida alcoólica, ansiolíticos, antidepressivos, até sem prescrição médica. São transtornos importantes, ainda mais quando se considera a adolescência, fase de formação psicológica, biológica e social.