Nos últimos anos, a ascensão da tecnologia digital e das redes sociais trouxe consigo um novo desafio para a saúde mental dos adolescentes: a ansiedade algorítmica. Enquanto a conectividade global tem trazido benefícios significativos, também gerou um ambiente onde algoritmos complexos moldam nossas experiências online. Esses algoritmos, projetados para maximizar o engajamento, podem afetar negativamente o bem-estar emocional dos usuários, em especial, dos adolescentes.
A ansiedade algorítmica se refere à preocupação constante de que a atividade online, como curtidas, compartilhamentos e comentários, seja parâmetro para a construção da autoestima e da imagem social. Os adolescentes estão cada vez mais expostos a um fluxo interminável de estímulos digitais que competem por sua atenção, levando muitos a se sentirem pressionados a manter uma presença online constante e “atraente”.
Essa pressão pode levar a uma busca interminável por validação social, na qual a quantidade de interações online se torna um indicador de aceitação e valor pessoal. A ansiedade algorítmica pode resultar em comportamentos como a comparação constante com os outros, a curadoria meticulosa da vida digital para criar uma imagem idealizada e a busca frenética por conteúdo que gere reações positivas.
O impacto na saúde mental dos adolescentes é preocupante. Estudos têm demonstrado uma correlação entre o uso excessivo de redes sociais e níveis elevados de ansiedade e depressão. A busca incessante por validação online pode criar um ciclo vicioso de autoavaliação e autocrítica, minando a autoconfiança e a autoestima dos jovens.
Saiba mais: Ansiedade algorítmica: o efeito das redes na saúde mental de adolescentes (uol.com.br)