Para evitar a “síndrome de retirada” e efeito rebote, médicos e pacientes têm de pensar juntos em uma estratégia par deixar os remédios
Interromper o uso de antidepressivos pode dar origem a uma “síndrome de retirada”. Essa condição é causada pela suspensão da medicação em um momento no qual o cérebro ainda não se acostumou a operar sem ela. Encontrar o ajuste certo que permita contornar o problema, porém, é mais difícil do que parece.
A “síndrome de retirada” ocorre, principalmente, em quem faz uso de antidepressivos potentes. Se há uma suspensão abrupta da dose, a condição pode aparecer com sintomas variados, indo desde os típicos da gripe, num estágio leve, até um efeito rebote em casos graves, que pode intensificar a doença anteriormente tratada com a medicação.
“Assim como devemos ter cuidado antes de tomar uma medicação, é importante buscar a orientação médica antes de suspender seu uso para que se adote a melhor estratégia”, diz o psiquiatra Alexandre Valverde, de São Paulo.
O médico esclarece que a suspensão de medicamentos antipsicóticos e do lítio podem causar efeitos rebotes, levando a recaídas das doenças originais. Já no caso de outros tipos de medicamentos, a retirada antes de um período de adaptação pode levar a dores de cabeça, náusea e fadiga extrema.
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