Especialistas ouvidos pelo g1 dizem que preços das commodities podem carregar o patamar de juros altos por mais tempo, freando ainda mais o crescimento econômico.
Combustíveis e inflação
A tensão na fronteira ucraniana renova preocupações com os preços das commodities, em especial o petróleo. Para o Brasil, a valorização do barril do tipo Brent desde o início da pandemia foi um responsáveis pela inflação pelo efeito nos preços da gasolina e do diesel.
Para o economista Juan Jensen, sócio da 4E Consultoria, o principal impacto para o Brasil é justamente via petróleo e preço dos combustíveis e isso, por si só, não afeta tanto a recuperação brasileira.
“É um quadro que pode piorar a questão inflacionária, mas não deveria ter uma resposta do Banco Central. O BC está prevendo a redução do ritmo de alta para a próxima reunião, e, a princípio, não mudará porque o petróleo e os combustíveis não são preços afetados pela política monetária. A economia está fraca por outras razões e vai continuar”, diz.
Como o g1 mostrou ao longo do ano passado, os combustíveis sofreram seguidos choques com o aumento dos preços do petróleo no mercado internacional e também com o real desvalorizado frente ao dólar.