O esforço de autistas para agir de forma considerada socialmente aceitável pode levar a esgotamento, ansiedade e outros problemas
O transtorno do espectro autista (TEA) é caracterizado por uma alteração no desenvolvimento cerebral que causa mudanças na comunicação social e comportamentos repetitivos e estereotipados.
Para quem vive com o quadro, alterações sensoriais, como o incômodo extremo com certos barulhos ou texturas, e um repertório específico de interesses – chamado também de hiperfoco – costumam ser comuns.
“Os autistas têm uma maneira diferente de perceber o mundo. Isso faz com que eles voltem a atenção para outros elementos do ambiente que não são necessariamente os estímulos sociais. Em um ambiente cheio de gente, por exemplo, é possível que o barulho de um instrumento ou do motor de um carro na rua chame mais atenção do que a voz das pessoas”, explica a psiquiatra Mirian Revers Biasão, professora da Escola Internacional de Desenvolvimento (EID).