Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, Jackson Di Domenico também analisou o que chama de ‘protagonismo’ do Judiciário no Brasil e no mundo e fez um apelo por segurança jurídica na Corte.
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), vai se aposentar na semana que vem, no dia 11 de abril. O magistrado faz 75 anos em 11 de maio, idade limite para permanência na Corte. No entanto, ele antecipou a saída por motivos acadêmicos. A indicação do substituto do ministro ainda não foi anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Para falar sobre o assunto, o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou o ex-desembargador do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, Jackson Di Domenico, que defendeu que a idade ideal para aposentadoria compulsória no setor público deveria ser de 70 anos, idade anterior à mudança promovida pela chamada PEC da Bengala, em 2015: “Eu particularmente vejo que até os 70 anos nós podemos dar uma contribuição mais efetiva. O Judiciário brasileiro hoje é protagonista, estamos todos olhando para o Judiciário brasileiro sempre com muita expectativa. Ontem, em uma outra entrevista, foi colocado que as pessoas sabem mais o nome dos ministros do que de jogadores de futebol. Efetivamente, isso é algo que a cada dia é mais uma verdade”.
“Diante disso, da exigência, necessidade, dinamismo e efetividade, me parece que até os 70 anos seria uma boa idade para que cada um pudesse cumprir a sua missão, sobretudo no Poder Judiciário. No Brasil temos quadros efetivos de juristas capazes nessa missão. É bem verdade que quem tem mais experiência tem a oportunidade de acertar mais. Contudo, nós preferimos conseguir juntar esses dois pontos, um dinamismo da juventude e a experiência adquirida por aqueles que tiveram mais oportunidades por mais tempo estarem em funções tão estratégicas no Brasil”, argumentou.