A princípio, bancos e seguradoras tendem a ser positivamente beneficiados, enquanto varejo e construção civil devem sofrer impacto negativo.
Depois da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da última quarta-feira (17), que marcou a volta da alta da Selic de 2% para 2,75% ao ano após quase seis anos sem elevação dos juros, vários investidores se questionam qual o possível impacto na Bolsa brasileira.
Isso porque, a princípio, juros mais altos tornam a rentabilidade da renda fixa atrativa, e dificultam o investimento em ações: assim, quando eles sobem, as ações podem se tornar menos atrativas como opções de investimento. Contudo, analistas de mercado seguem bastante construtivos com os investimentos em Bolsa.
Em relatório, a XP Investimentos destacou que a alta taxa de juros não deve impactar a trajetória do Ibovespa ou afetar o fluxo de renda fixa para ações, uma vez que os juros reais (juros nominais subtraído da inflação) devem continuar próximos de zero. “Levando em consideração que a nossa expectativa de inflação é em 4,9% e da Selic em 5,0% para final de 2021, as taxas reais continuarão muito baixas, prevendo ainda um baixo retorno real para investidores em renda fixa”, avaliam Jennie Li, Maira Maldonado e Leonardo Pinto, que assinam o relatório.