Viver próximo da natureza na vida adulta pode reduzir a velocidade da perda cognitiva mais tarde, revela um estudo publicado em julho no periódico Environmental Health Perspectives. O resultado foi ainda mais expressivo em locais de baixo índice socioeconômico, reforçando a importância das áreas verdes como um fator ambiental capaz de ajudar a prevenir o declínio mental.
Segundo os autores, já se sabe que o contato com a natureza está associado a menores taxas de depressão, que é um fator de risco para demência. Além disso, áreas verdes promovem mais oportunidades de atividade física e conexões sociais e ajudam a reduzir o estresse. No entanto, há poucos estudos prospectivos sobre o tema.
Para avaliar essa relação, os autores do estudo —vinculados a diferentes centros de pesquisa nos Estados Unidos— selecionaram quase 17 mil idosas participantes do Nurses’ Health Study. Esse é um levantamento que acompanha mais de 120 mil enfermeiras desde 1976, moradoras de 11 estados dos EUA. Elas foram submetidas a testes cognitivos repetidos pelo menos quatro vezes entre 1995 e 2001. Depois, foram monitoradas até 2008.