Menos de cinco anos após a mudança das regras para conquistar a aposentadoria, a necessidade de uma nova reforma da Previdência volta aos holofotes. As discussões consideram o acelerado ritmo de envelhecimento da população brasileira nos últimos anos. No entanto, reformas constantes prejudicam a credibilidade da previdência, dizem especialistas.
O que aconteceu:
- Proporção de idosos no Brasil quase duplicou em 23 anos. Entre 2000 e 2023, o total de residentes com 60 anos ou mais saltou de 8,7% para 15,6%. Segundo as projeções apresentadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 37,8% dos habitantes do país serão idosos em 2070.
- Expectativa de vida dos brasileiros subiu para 76,4 anos. A longevidade ao nascer aumentou 5,3 anos desde a virada do século. O valor deve se manter em alta e alcançar 83,9 anos em 2070. A idade média da população também cresceu, de 28,3 anos para 35,5 anos, nos últimos 23 anos e deve chegar a 48,4 anos nas próximas cinco décadas
- Brasil terá 220,4 milhões de habitantes no pico populacional. Com as projeções de redução das taxas de fecundidade, o número de brasileiros crescerá mais lentamente até 2041, quando a população atingirá seu valor máximo. A partir de então, o país terá, anualmente, um número menor de pessoas, segundo o IBGE.
- Dados reforçam alteração da pirâmide etária dos brasileiros. “O Brasil teve, por muito tempo, um bônus demográfico, com um crescimento da população que supriria o volume de gastos previdenciários”, recorda o educador financeiro Fernando Lamounier ao classificar o cenário atual como “preocupante”. “”Os dados indicam uma transição demográfica mais acelerada, e pressões no financiamento da previdência”, complementa Pedro Nery, consultor legislativo do Senado, especialista na área previdenciária.
Saiba mais: Envelhecimento amplia debate sobre nova reforma da Previdência (uol.com.br)