Potencial de energia solar no Brasil aumenta em 10 vezes, enquanto mudanças climáticas e tarifa cara jogam contra acionamento de térmicas
Nos últimos cinco anos o cenário energético e climático do Brasil se alterou, e uma série destas mudanças jogam a favor do horário de verão — que foi suspenso em 2019 e pode retornar neste ano. A expansão de painéis solares, valor da conta de luz e o avanço do aquecimento global protagonizam este efeito.
Esta é uma avaliação de membros do governo, especialistas e de Luiz Eduardo Barata, que esteve à frente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) quando o horário de verão foi suspenso e explicou estes impactos em entrevista à CNN.
O objetivo do horário de verão é reduzir a demanda de energia entre 18h e 21h, em que há um aumento no consumo, ao viabilizar uso da luz solar em vez de artificial por uma hora a mais. Além disso, a medida permite ao sistema elétrico se utilizar da geração de energia solar para atender os consumidores nestes minutos.
Acontece que nos últimos cinco anos, a potência instalada de energia solar no Brasil aumentou em dez vezes. Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) mostram que em 2019 este número ficava em 5 GW, e em agosto de 2024 chegou à casa dos 47 GW.
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