É preciso um crescimento contínuo do quadro de funcionários na maior autarquia do país para dar fim a uma fila inadmissível e desumana, escreve Renata Abreu.
Isso é inadmissível: quase 1,8 milhão de pessoas na fila do INSS. São idosos, viúvas e trabalhadores incapacitados que, com dificuldade em utilizar os canais digitais da Previdência Social, sofrem na fila presencial, aguardando retorno sobre a aprovação de aposentadorias, auxílios, pensões, entre outros direitos previdenciários.
Isso é desumano: entre esses milhões de requerentes estão pessoas com deficiência e que vivem em situação de miserabilidade. Trata-se da categoria com mais pedidos à espera (34%).
O BPC (Benefício de Prestação Continuada) é a única fonte de renda delas. É esse salário-mínimo (R$ 1.320) pago por mês que busca amparar essas pessoas sem condições de se sustentar. A situação é crítica: as pessoas dependem de um benefício para se sustentar e não conseguem recebê-lo. O tempo médio para análise no INSS deveria ser de 45 dias, prorrogáveis por mais 45 dias.
Deveria. A concessão do BPC, por exemplo, está demorando mais de 200 dias. Já o auxílio-acidente, invalidez, pensão por morte, média de 122 dias de espera. E a aposentadoria por tempo de serviço, que costuma ser aprovada em menos de 2 meses, está demorando quase 7 em algumas regiões do país. Tempo de espera que compromete, e muito, a vida do segurado.
Saiba mais: https://www.poder360.com.br/opiniao/envelhecimento-do-pais-exige-mais-do-inss/