Cada década de antecedência reduz de três a quatro anos a longevidade; estudo ressalta a importância de identificar fatores de risco precocemente
Quanto mais cedo uma pessoa desenvolve o diabetes tipo 2, menor será a sua expectativa de vida. A cada década que alguém antecipa o diagnóstico, perde de três a quatro anos. Portanto, como a doença está associada ao estilo de vida, é essencial controlar os fatores de risco para prevenir ou, pelo menos, retardar o seu aparecimento. O alerta vem de um novo estudo publicado no The Lancet, realizado pelo Emerging Risk Factors Collaboration, um consórcio que reúne várias pesquisas sobre fatores de risco cardiovascular e é coordenado pela Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
Embora já fosse conhecido que a doença impacta a longevidade, os pesquisadores buscaram apresentar estimativas confiáveis da relação entre a idade do diagnóstico e a mortalidade. Para isso, analisaram dados de 97 grupos de pacientes com mais de 1,5 milhão de pessoas em 19 países. Um dos critérios de inclusão era ter recebido o diagnóstico na idade adulta, para eliminar a possibilidade de se tratar de diabetes tipo 1, que possui características distintas e cujo surgimento não está relacionado ao estilo de vida.
Os cientistas observaram uma associação proporcional entre idade precoce de diagnóstico de diabetes tipo 2 e maior risco de mortalidade em comparação com aqueles que não têm a doença, tanto em homens quanto em mulheres. As principais associações foram encontradas em problemas vasculares, como infarto e AVC (acidente vascular cerebral), além de doenças respiratórias e neurológicas.
Saiba mais: Diabetes tipo 2: expectativa de vida cai quanto mais cedo se desenvolve a doença – Notícias – R7 Saúde