A inflação é o motivo pelo qual a regra dos 4% nunca fez sentido. Sempre achei estranho atribuir aos idosos um dos problemas financeiros mais complexos e difíceis. Depois de se aposentar, é muito difícil saber como investir e quanto gastar a cada ano.
É preciso planejar em torno de muitas incógnitas, quanto tempo ainda se vai viver, quanto será preciso gastar com saúde e o que acontecerá com os mercados. Economizar enquanto se está trabalhando é a parte fácil, mas gastar um pecúlio de aposentadoria é muito, muito mais difícil e deixa muito menos margem para erros. Isso também recebe muito menos atenção do setor financeiro e dos formuladores de políticas.
Conforme a regra dos 4%, há a ideia de que se o indivíduo gastar 4% de seus ativos a cada ano ele terá o suficiente para chegar até a aposentadoria. Este foi um esforço bem-intencionado para reduzir a complexidade da regra em uma diretriz simples. Mas é profundamente falho, e isso se torna ainda mais evidente à medida que a inflação aumenta e representa outra fonte de risco para os rendimentos da aposentadoria.
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