Na semana em que o texto da reforma da Previdência foi aprovado em segundo turno no Senado, foi publicado estudo que reforça a urgência do assunto. Divulgada na segunda-feira 21, pelo Índice Global de Previdência Melbourne Mercer, a pesquisa levou em consideração quase dois terços da população do planeta, incluiu 37 países e empregou 40 métricas para avaliar os sistemas previdenciários das nações. Foram analisados itens como resultados financeiros para os aposentados, sustentabilidade do modelo e confiança por parte da sociedade. Como já era de se esperar, o desempenho do Brasil foi medíocre. Na média final, o País ficou com 55,9 pontos, amargando lamentável 23º lugar, atrás até de nações mais pobres, como Peru (58,5) e Colômbia (58,4). Os três primeiros colocados foram Holanda (81,0), Dinamarca (80,3) e Austrália (75,3), com os melhores e mais sustentáveis sistemas de pensão do mundo. É justamente no item sustentabilidade que o Brasil tem o pior resultado. Com pontuação de pífios 27,7, fica à frente de apenas quatro países: Turquia (27,1), Espanha (26,9), Áustria (22,9) e Itália (19). Os números traduzem o recado que todos os economistas sérios têm dado sobre o assunto: sem mudanças nas regras previdenciárias, o Brasil quebra.
Fonte: www.istoedinheiro.com.br/