Agência federal derrubou exigência de testes realizados em voluntários brasileiros. Políticos tentam conseguir mais espaço para liberar novos imunizantes. Líder do governo fala em ‘enquadrar’ autarquia.
Depois de sofrer pressão para a liberação de mais vacinas contra a covid-19, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu na quarta-feira (3) flexibilizar as regras para a aprovação dos imunizantes. A autarquia, ligada ao Ministério da Saúde, vem sendo cobrada por empresários, governadores, parlamentares e pelo próprio governo federal para facilitar o processo devido à escassez de vacinas.
As mudanças abrem caminho para a adoção de imunizantes desenvolvidos na Rússia e na Índia. Até o início de fevereiro, o PNI (Plano Nacional de Imunizações) contava com duas únicas vacinas: a chinesa Coronavac e a de Oxford, feita em parceria com a AstraZeneca.
Apenas 2,7 milhões de doses haviam sido aplicadas até a quinta-feira (4), o que corresponde a 1,31% da população. O Brasil tem cerca de 211 milhões de habitantes. Estima-se que quase a totalidade das pessoas que podem ser vacinadas precisem receber as doses para que a pandemia perca força e chegue ao fim.