Todos os sinais apontam para uma queda mais rápida da Selic, escreve Carlos Thadeu de Freitas Gomes.
Com grande parte da população tendo sua renda afetada pela pandemia, o crédito se tornou o alicerce para as famílias e empresas sustentarem seu consumo e negócios. O aumento nos recursos disponibilizados no sistema financeiro ampliou o endividamento, situação desafiadora em um ambiente de juros altos.
O custo cada vez maior do crédito, com Selic, a taxa básica de juros, em 13,75% há 10 meses, já desacelera o mercado de empréstimo e incrementa a inadimplência. As concessões de financiamentos com recursos livres tiveram queda de 16,5% em abril em relação ao mês anterior, levando o saldo do sistema financeiro brasileiro há uma queda de 0,1% no período. Enquanto isso, a inadimplência com recursos livres aumentou de 4,5% em março para 4,7% em abril.
As taxas médias de juros dos recursos livres foram para 45,1% no mês, uma alta de 7,2 pontos percentuais (p.p.) em 12 meses. Em relação especificamente às pessoas físicas, a aceleração foi ainda mais intensa, de 9,8 p.p., alcançando 59,7% ao ano em abril.
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