Sem testes rápidos para detectar o coronavírus em pacientes de urgência e emergência, os cirurgiões estão optando por submeter todos eles a uma tomografia de tórax. Como o vírus ataca, principalmente, o sistema respiratório, este exame tem um papel importante na triagem do paciente e ajuda a equipe a direcionar os procedimentos que serão adotados durante o atendimento.
“Os casos de urgência e emergência continuam acontecendo, apesar da pandemia. E precisam ser atendidos. Mas, infelizmente, não temos à disposição os testes rápidos, que seriam precisos para diagnosticar se o paciente que chegou ao hospital, por algum outro motivo, também tem a COVID-19 e não sabe. Como essa informação é muito importante, tanto para a conduta com o paciente quanto para a proteção da equipe, nós usamos a tomografia como fator de corte”, explica o cirurgião de urgência e emergência, Bruno Pereira, CEO do Grupo Surgical, responsável pelo atendimento de urgências e emergências cirúrgicas em oito hospitais de Campinas, Valinhos e Vinhedo.
Ele explica que mesmo com a tomografia normal, sua equipe se paramenta com todos os EPI´s (Equipamentos de Proteção Individual), como se estivesse tratando uma pessoa infectada. “Nós estabelecemos este protocolo no grupo desde o começo, antes mesmo das recomendações oficiais. E, dessa forma, nós não tivemos nenhuma contaminação, nem da equipe e nem de paciente”, conta o cirurgião.