Em meio a uma alta do desemprego, os trabalhadores idosos são quem mais estão sofrendo com a falta de vagas, de acordo com estudos que analisaram os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia, e do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), divulgados pelo jornal O Globo.
O cenário de preconceito existente antes da pandemia, somado aos riscos do coronavírus para os mais velhos e a exclusão digital acabaram tirando mais empregos dos idosos do que de outras faixas etárias. Em agosto, houve geração de 263,7 mil vagas com carteira para quem tem abaixo de 60 anos. Já entre os mais velhos, foram eliminadas 14,3 mil vagas, segundo os números do Caged.
Segundo dados compilados pelo sociólogo Ian Prates, do Cebrap, 71% dos idosos estão no setor de serviços, que é o que mais sofre por conta das medidas de distanciamento social. Menos jovens atuam nessa área – são 55%.