Juntamente com as mudanças climáticas, a poluição atmosférica é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma das maiores ameaças à saúde humana. A entidade estima que ocorram, a cada ano, cerca de 7 milhões de mortes prematuras ligadas à exposição a poluentes. Somente no Brasil, são pelo menos 50 mil óbitos por ano.
Trata-se de um problema que ultrapassa há muito tempo a questão ambiental, atingindo fortemente a saúde pública. Segundo um estudo divulgado antes da pandemia pelo Instituto Saúde e Sustentabilidade, se os índices de poluição do ar registrados em seis regiões metropolitanas em 2016 não fossem reduzidos, seriam necessárias 69 mil internações públicas em decorrência de doenças relacionadas. O custo junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) seria de R$ 126,9 milhões entre os anos de 2018 e 2025.