Pandemia mostra que modelo de instituições para idosos está em xeque
A situação de vulnerabilidade na qual se encontram os idosos que vivem em instituições de longa permanência, como são conhecidas os antigos asilos ou casas de repouso, é outro dado sombrio no quadro da pandemia. No entanto, já há exemplos de alternativas para atender indivíduos que não têm condições de morar sozinhos. Esse foi o relato de Rebecca Jarvis, diretora de operações da Health Innovation Network do NHS, o equivalente ao SUS do Reino Unido, cujo objetivo é inovar no setor. “O foco em mudanças aumentou com a Covid-19, porque a pandemia mostrou que o modelo está defasado em relação às necessidades da sociedade. Os mais velhos não podem ficar em guetos”, afirmou no encontro “Longevity Leaders”, na semana passada.
No Reino Unidos, o cenário é de precariedade: uma em cada seis instituições deste tipo está em risco de falência e há enorme dificuldade para recrutar e reter mão de obra, uma das mais mal pagas do país. Por isso mesmo, Rebecca buscou opções fora do padrão britânico, onde um em cada sete idosos acima dos 85 anos vive num dessas unidades. Com uma bolsa da Churchill Fellowship, visitou 18 estabelecimentos no Japão e na Nova Zelândia e tem certeza de que encontrou modelos mais funcionais, humanos e que podem ser replicados. Listou os elementos que diferenciavam os bons projetos: conexão com a comunidade, interação social, rede de proteção e planejamento antecipado. Vamos a eles.