O número de investidores com até 15 anos de idade aumentou em mais de 65% nos últimos 12 meses. O levantamento feito pela B3, que é a principal bolsa de valores do Brasil, mostrou que esse número passou de 13 mil para 21,6 mil crianças, entre outubro de 2020 e outubro deste ano.
Para Cintia Melo, que é consultora educacional do programa Gênio das Finanças, existem dois fatores que explicam a explosão de jovens investidores no país. O primeiro desses fatores é a incorporação da educação financeira como disciplina obrigatória nas escolas, a partir de 2020.
A participação de crianças no mercado, em geral, envolve pequenas quantidades de dinheiro — apenas como uma forma de descobrir e aprender sobre investimentos.
O outro fator que explica o aumento dos investidores de até 15 anos na bolsa é uma mudança de comportamento dos pais. Aqueles que costumam fazer uma reserva financeira em nome dos filhos estão trocando a poupança pela bolsa de valores, onde o rendimento do capital é mais vantajoso. A consultora Cintia Melo alerta, no entanto, que é preciso agir com cautela, já que todo investimento está sujeito a riscos e oscilações do mercado — o que pode comprometer a reserva financeira dos filhos.