Brasil é o país com maiores índices de depressão no mundo. Ministério da Saúde diz que disponibiliza quatro medicamentos do gênero na Atenção Primária à Saúde (APS); especialistas consideram oferta limitada.
Dos 41 medicamentos e itens distribuídos atualmente pelo programa Farmácia Popular, não há nenhum antidepressivo, apesar de o Brasil ser o país com maior incidência de depressão no mundo. Segundo dados da pesquisa Vigitel 2021, do Ministério da Saúde, a doença atinge 11,3% da população brasileira. Antes da pandemia, o índice era de 5,8%.
️O que diz o Ministério da Saúde? O g1 questionou a pasta sobre a possibilidade de incluir antidepressivos no Farmácia Popular. Em resposta, o ministério afirmou que os cuidados em saúde mental são feitos por meio da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).
Disse também que, nos últimos 5 anos, direcionou R$ 7,7 bilhões aos estados, municípios e ao Distrito Federal para a compra de quatro medicamentos e insumos na Atenção Primária à Saúde (APS): cloridrato de amitriptilina, cloridrato de clomipramina, cloridrato de fluoxetina e cloridrato de nortriptilina (leia mais abaixo).
➡️Segundo o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antonio Geraldo, essa oferta do ministério não é suficiente para atender os quase 500 mil trabalhadores afastados do trabalho por doença mental a cada ano no país. Ele reforça que a presença de antidepressivos no Farmácia Popular facilitaria o acesso da população a esses medicamentos.