De acordo com Daniel Dourado, governo federal tem “responsabilidade direta” em relação ao atual estágio da pandemia no Brasil
Para o médico, advogado sanitarista e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) Daniel Dourado, a falta de robustez do plano nacional de vacinação contra a covid-19, divulgado pelo ministério da Saúde, está diretamente ligada à “falta de vontade política do governo federal de agir”. Em entrevista a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual, o especialista observa que “por todo esse cenário” é difícil imaginar que a imunização chegará logo para toda a população.
“Minha expectativa é que pelo menos para a população de risco, os grupos prioritários, profissionais de saúde, idosos, populações mais vulneráveis, (a vacina) chegue pelo menos no primeiro semestre (de 2021). Temos ainda dificuldade de saber quando será, porque o plano de vacinação do Ministério da Saúde não traz uma data precisa”, aponta. “Depois de 10 meses, já daria tempo de ter minimamente um planejamento, uma organização (sobre a distribuição da vacina) e nem isso foi feito. O cenário não é animador”, avalia Dourado.
O plano de vacinação incerto
Até o momento, o plano do governo, entregue no domingo (13) ao Supremo Tribunal Federal (STF), prevê a imunização de apenas 51 milhões de pessoas no primeiro semestre do próximo ano. O ministério indica a distribuição de 108,3 milhões de doses do imunizante, em quatro fases. O primeiro segmento inclui os trabalhadores da saúde, idosos com mais de 75 anos e indígenas
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