Na pandemia, orientações versam sobre endividamento e como investir
No último ano, cresceu o número de empresas com programas, ações e iniciativas para ajudar os funcionários a organizarem as finanças ou saírem de dívidas, na maioria dos casos alocados sob o guarda-chuva de saúde mental e bem-estar. A explicação é simples, como mostra o estudo “The Employer’s Guide to Financial Wellbeing 2019-2020”, publicado em outubro do ano passado no Reino Unido. O levantamento mostrou que 36% dos trabalhadores têm preocupações financeiras e pessoas com a vida financeira desorganizada têm 4,1 vezes mais chance de ter ataques de pânico e 4,6 vezes mais potencial de sofrer de depressão na comparação com os pares com a vida financeira estabilizada, o que impacta diretamente na produtividade no trabalho.
No Brasil, não há dados que indiquem causa e efeito da falta de dinheiro na produtividade no trabalho ou mesmo a relação dos funcionários com endividamento durante a pandemia. O estudo mais recente, publicado em 2018 pela Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), entretanto, mostrava que a situação não era nada confortável: 84% dos funcionários de 100 empresas no Brasil enfrentavam dificuldades para lidar com o dinheiro, tinham prejuízos ou não entendiam de finanças. E é justamente com educação e prevenção que as empresas começam a endereçar o tema.