De acordo com estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), 50 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem com algum tipo de demência. Para reduzir a probabilidade de desenvolver quadros demenciais, mesmo quando há uma tendência genética, é fundamental manter um estilo de vida saudável. Alguns sinais metabólicos precoces de demência estão relacionados a fatores de risco de doenças cardiovasculares, como mostra um estudo espanhol publicado no Journal of the American College of Cardiology, com a autora principal Marta Cortes-Canteli, do Centro Nacional de Investigações Cardiovasculares (Espanha).
A pesquisa avaliou 547 participantes de 40 a 54 anos, sendo 82% deles homens, do Projeto PESA (Progression of Early Subclinical Atherosclerosis). Os voluntários apresentaram evidência de aterosclerose assintomática, com acúmulo de placas de gordura e cálcio nas artérias carótidas e femorais. Após ultrassom vascular tridimensional, foi observado um metabolismo de glicose deficiente, sobretudo nas áreas do cérebro associadas à demência, englobando o Alzheimer. Isso revela, portanto, um indício de neurodegeneração precoce.