Pesquisa mostra que intervenções não farmacêuticas podem ser eficazes e reduzir custos
Na coluna de terça, falei sobre o relacionamento com portadores de demência baseado na criatividade. Hoje, o assunto é o tratamento convencional para pacientes de Alzheimer e outras demências, fundamentalmente calcado em medicamentos. No entanto, há diversas formas de abordagem da doença, já bastante documentadas, que não envolvem remédios, que beneficiariam todos, inclusive familiares e cuidadores. Pesquisadores da Brown University utilizaram uma simulação para avaliar quatro dessas intervenções não farmacêuticas e descobriram que, comparadas com o protocolo tradicional, elas reduziam os custos em até US$ 13 mil (R$ 65 mil), diminuíam o número de admissões em instituições de longa permanência e aumentavam a qualidade de vida das pessoas.
As intervenções não medicamentosas analisadas trabalham para maximizar a independência da pessoa em sua própria casa e oferecer aconselhamento e apoio aos cuidadores.
Para quem se interessar em se aprofundar, são elas: Maximizing Independence at Home, New York University Caregiver, Alzheimer’s and Dementia Care e Adult Day Service Plus. O estudo foi publicado no começo do mês na revista “Alzheimer´s & Dementia: The Journal of Alzheimer´s Association”. Idosos portadores de demência apresentam comportamentos agressivos com alguma frequência. Para quem convive com o doente, parece uma reação intempestiva, mas esse pode ser resultado de uma sucessão de frustrações, diante da dificuldade de realizar as atividades do dia a dia.