Entre os motivos, a redução na arrecadação de 30% entre março e abril e o aumento da despesa com a antecipação do 13º salário do INSS
O déficit da Previdência quase dobrou nos primeiros cinco meses deste ano, com o impacto da pandemia de coronavírus. De janeiro a maio, o resultado entre a arrecadação e o total de benefícios ficou negativo em R$ 140 bilhões, um aumento de 75,6% em relação a 2019.
No mesmo período do ano passado, antes da reforma previdenciária, que começou a vigorar em novembro, o rombo das contas era de R$ 79,7 bilhões. As informações se referem ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), sistema voltado aos trabalhadores do setor privado, e constam do Boletim Estatístico da Previdência Social.
A redução na arrecadação líquida previdenciária, de aproximadamente 30% entre março e abril, e o aumento da despesa com a antecipação do 13º salário do INSS são os principais motivos para o aumento do rombo. A medida foi determinada pelo governo federal para diminuir os efeitos da Covid-19 na população de baixa renda. Também foi antecipado o pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e auxílio-doença.