Além da taxa de juros, escolher bem os seguros obrigatórios pode reduzir o valor do financiamento imobiliário em dezenas de milhares de reais
A taxa de juros costuma ser o principal ponto a ser olhado na hora de contratar crédito para adquirir um imóvel. Mas há outro fator importante a ser levado em conta na equação do financiamento imobiliário: o peso dos seguros obrigatórios. Escolher bem pode significar o pagamento de dezenas de milhares de reais a menos no total a ser quitado.
Os seguros por morte e invalidez (MIP) e danos físicos ao imóvel (DFI) são incluídos em todos os financiamentos imobiliários do país, e juntos podem chegar a representar quase 20% do valor total que será pago pelo tomador ao longo de décadas. Como os juros, eles são calculados como percentuais do valor devido, e podem variar bastante dependendo do banco escolhido.
Para se ter uma ideia da importância dos seguros, se uma pessoa de 60 anos tomar um financiamento de R$ 500 mil a uma taxa de 9,99% ao ano, que hoje é a mais barata do mercado, após 20 anos ela terá pago R$ 55 mil a mais do que se optar por uma taxa maior, de 10,49% ao ano, mostra simulação feita por Daniele Akamine, advogada especialista em crédito imobiliário.
Parece um contrassenso a ideia de que optar por uma taxa de juros menor leve a um valor total maior pago no futuro. Mas Akamine explica que isso acontece porque a seguradora do banco que pratica a menor taxa de juros, a Caixa, dá um peso maior ao risco representado por um tomador de idade mais avançada, e portanto cobra mais dessa faixa etária.
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