Em dezembro de 2021, o Brasil apresentava 63,9 milhões de inadimplentes. Mas, mesmo com o “nome sujo” e a restrição de crédito, muitas pessoas precisam continuar consumindo. Para isso, podem recorrer a uma prática informal que, à primeira vista, pode parecer inocente: o empréstimo de nome.
Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) junto com o Sebrae mostrou que 29% dos consumidores fizeram compras com cheque, cartão de crédito, crediário ou mesmo tomaram empréstimos e financiamentos utilizando o nome de outras pessoas nos 12 meses anteriores à pesquisa.
A prática, que é vista como uma atitude solidária, é usada, principalmente, por quem está com dificuldades de acesso ao crédito: 23% das pessoas que pegaram o “nome” de outra pessoa emprestado, o fizeram por estar com o próprio nome negativado. Outros 23% o fizeram por terem estourado o próprio limite do cartão de crédito ou cheque especial e 13% recorreram à essa prática por não terem conseguido aprovação de crédito.