Quando a Segunda Guerra Mundial acabou, o mundo entrou em um grande período de euforia, o que gerou uma explosão na taxa de natalidade. Essa explosão foi chamada de baby boom, e aqueles que, como eu, nasceram entre 1946 e 1964 foram chamados de baby boomers.
A euforia pós-guerra não se refletiu apenas na taxa de natalidade, mas se espraiou para diversos campos, gerando uma fantástica mudança no padrão de vida da população mundial. Os avanços nas condições sanitárias, na alimentação e na medicina possibilitaram que a expectativa de vida da geração dos baby boomers, inferior a 50 anos, aumentasse em 30 anos.
Ganhar 30 anos de expectativa de vida é, por si só, um fato maravilhoso. O mais importante, porém, é que ganhamos a possibilidade de ter muito mais saúde e disposição na terceira idade. Também deixaram de ser raras pessoas na quarta idade, ou seja, dos 80 aos 100 anos. E viver além dos 100 já não é mais motivo para manchete de jornal.
Tais mudanças tiveram um impacto em nossas vidas maior do que poderíamos prever. Os executivos dessa geração, que hoje estão se aposentando ou planejando se aposentar, passam por dilemas que jamais imaginariam quando conquistaram o primeiro emprego