Variante delta impulsiona testes da aplicação de reforço do imunizante contra covid-19 para maior proteção contra infecção
A Pfizer já recebeu autorização da Anvisa para conduzir um estudo clínico no Brasil sobre a efetividade da aplicação de uma dose de reforço da vacina contra a covid-19 para maior proteção contra a infecção, sobretudo contra novas variantes. A decisão vem logo após os EUA liberarem a farmacêutica para aplicar reforço na população e das discussões advindas do avanço da variante Delta.
Dados de estudo conduzido pela Pfizer nos EUA mostram que a dose extra cria níveis de anticorpos cinco a dez vezes maiores do que os adquiridos com apenas duas. Lá, a variante Delta, que é mais transmissível e pode se espalhar rapidamente, provoca 25% dos casos. No Brasil, a prevalência é, em larga escala, da variante Gama, detectada originalmente em Manaus. De 70% a 100% dos casos nos Estados são desse tipo. Já se sabe que a Delta circula em São Paulo e, possivelmente, no Rio.
“A gente sabe que a resposta imunológica contra qualquer antígeno tende a cair depois de um tempo”, explica o virologista Flávio Guimarães, pesquisador do Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas (UFMG). “No caso da covid-19, ainda estamos entendendo como essa queda acontece, depois de quantos meses, para quais variantes.”
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) confirmou a autorização dada à Pfizer e informou que, até o momento, a farmacêutica foi a única a pedir essa autorização. A pesquisa pretende avaliar a segurança, a imunogenicidade (capacidade de estimular a produção de anticorpos contra o agente causador de uma doença) e a eficácia de várias estratégias de reforço da vacina em diferentes populações que já receberam duas doses do imunizante.
Saiba mais: https://noticias.r7.com/saude/anvisa-autoriza-pfizer-a-fazer-estudo-clinico-de-3-dose-no-brasil-10072021