“A longevidade e os dias que vamos vivendo”
Com o andar cos anos fui-me aproximando mais das pessoas idosas, e mesmo nos últimos anos tenho dedicado muito do meu tempo a trabalhar em instituições que lhes são destinadas. Já escrevi muitas das minhas ideias sobre questões que aos mesmos respeitam, e tenho deixado, aqui e ali, as convicções que vou formulando sobre a forma como as sociedades atuais vão lidando com o envelhecimento.
Há uns anos atrás, quando comecei este trabalho e a Gerontologia dava ainda os primeiros passos como ciência, lembro-me bem que a ideia era acomodar, o melhor possível, todo aquele que fosse considerado idoso e prestar-lhe os melhores cuidados básicos possíveis. Como cogumelos surgiram então instituições que procuravam satisfazer os desígnios anteriores, e as preocupações dos que ficavam à sua guarda preenchiam-se, em muito, apenas em torno da satisfação dos cuidados de higiene, alimentação e vida sossegada.
Foi grande o êxito do aparecimento da Gerontologia como ciência orientada para construir um novo olhar para a chamada terceira idade, e tem sido enorme o saber que se vai conquistando perante novas e diferentes formas de olhar o ser humano. As neurociências vieram também dar grandes contributos a estas novas visões, e hoje, independentemente do que se vai ouvindo e lendo sobre a institucionalização das pessoas mais idosas, a verdade é que o conhecimento científico em torno dos humanos em geral, e dos mais velhos em particular, é incomensuravelmente maior.
Saiba mais: https://www.antenalivre.pt/cultura/cronica-a-longevidade-e-os-dias-que-vamos-vivendo-por-luis-barbosa