Relação negativa com as finanças afeta todas as classes sociais e pode moldar como a pessoa se vê em novos espaços que não frequentava antes
Sete em cada dez brasileiros não usa palavras positivas para descrever sua relação com o dinheiro, segundo apontou um estudo inédito da fintech Will Bank, divulgado nesta quinta-feira, 15. No total, 47,3% dos entrevistados disseram palavras negativas para descrever sua vida financeira, enquanto 24% usaram palavras neutras; a relação é ainda pior para mulheres pretas e pardas das classes sociais mais baixas.
Para a maioria das pessoas, falar de dinheiro está relacionado à uma luta diária com privações e dívidas, segundo concluiu o estudo “Dismorfia Financeira”. Além disso, a pesquisa também revelou um sentimento de ‘inadequação’ aos seus próprios padrões de vida entre os entrevistados.
O termo “dismorfia financeira”, criado pela fintech, diz respeito ao sentimento de não pertencimento em relação à própria realidade financeira, isto é, a forma como diferentes pessoas percebem as próprias finanças — seja gastando mais do que ganha ou não se sentindo confortável com novos espaços conforme ascende socialmente.